Abandonado? Não ainda.
Georgia em Ro, Monica perto de mim, e longe...
Um ano dos muitos q virão, meu e do meu homem.
Nossa tá ficando pessoal isso aqui. Dá nada, ninguém lê, quer dizer... Aline!
Mande mais notícias.
Eu sei q to falando demais, vamos ao que interessa.
Tem um texto bem bacana resnascido das minhas gavetas dessarumadas. Se eu achasse cada vez que limpo o meu quarto coisas tão legais ele concerteza estaria arrumado agora.
Quando a 91 ainda era 96, e eu tinha a minha k7 e ouvia assiduamente a Rádio Caos, gravei e depois copiei numa folha... mal e porcamente. Hoje descobri ( pelo grande oráculo que tudo vê e sabe) que este texto é de Elisa Lucinda,e eu esse fosso de cultura não sabia que era era poetisa, muito menos o nome de atriz.(mim agradecer em ser útil)
Aí vai:
"A lista de mortos da gente vai aumentando com o tempo.
Quando eu era pequena não tinha noção desse morre e nasce. Mesmo porque ninguém meu morria. Tudo tinha um quê tão definido de eternidade, tudo durava tanto e a vida não fatava; a vida era pontual como os quintais e as goiabeiras ali. Todo dia ali. Existindo.
Eu não tinha a mínima noção desse vai e vem. Desse revezamento, desse rodízio da humanidade: quem vai pro saque, quem sai do jogo, quem é escalado, quem vai pra reserva. Nada disso havia na minha menina.
Agora não. Agora morreu Tião Sá, o filho do Joelson, a mãe da Márgara, Chiquinho Brandão, minha mãe, Bukowski, Cazuza, Grande Otelo, Mário Quintana, Senna, Fellini, Sérgio Sampaio e tantas mil gentes engrossando a fileira do bola fora.
O itinerário das vias de cada um vai estourando como bolas de aniversário na minha cara e vai ficando longe o tempo em que os meus não morriam. Nem quando eu queria.
Deus com certeza ri. Não de sarcasmo. Mas pelo costume de ver passar as boiadas. E de olhar pra elas despencando na curva final das planícies. Pra onde, só Deus sabe. E é por isso que ele ri".
Georgia em Ro, Monica perto de mim, e longe...
Um ano dos muitos q virão, meu e do meu homem.
Nossa tá ficando pessoal isso aqui. Dá nada, ninguém lê, quer dizer... Aline!
Mande mais notícias.
Eu sei q to falando demais, vamos ao que interessa.
Tem um texto bem bacana resnascido das minhas gavetas dessarumadas. Se eu achasse cada vez que limpo o meu quarto coisas tão legais ele concerteza estaria arrumado agora.
Quando a 91 ainda era 96, e eu tinha a minha k7 e ouvia assiduamente a Rádio Caos, gravei e depois copiei numa folha... mal e porcamente. Hoje descobri ( pelo grande oráculo que tudo vê e sabe) que este texto é de Elisa Lucinda,e eu esse fosso de cultura não sabia que era era poetisa, muito menos o nome de atriz.(mim agradecer em ser útil)
Aí vai:
"A lista de mortos da gente vai aumentando com o tempo.
Quando eu era pequena não tinha noção desse morre e nasce. Mesmo porque ninguém meu morria. Tudo tinha um quê tão definido de eternidade, tudo durava tanto e a vida não fatava; a vida era pontual como os quintais e as goiabeiras ali. Todo dia ali. Existindo.
Eu não tinha a mínima noção desse vai e vem. Desse revezamento, desse rodízio da humanidade: quem vai pro saque, quem sai do jogo, quem é escalado, quem vai pra reserva. Nada disso havia na minha menina.
Agora não. Agora morreu Tião Sá, o filho do Joelson, a mãe da Márgara, Chiquinho Brandão, minha mãe, Bukowski, Cazuza, Grande Otelo, Mário Quintana, Senna, Fellini, Sérgio Sampaio e tantas mil gentes engrossando a fileira do bola fora.
O itinerário das vias de cada um vai estourando como bolas de aniversário na minha cara e vai ficando longe o tempo em que os meus não morriam. Nem quando eu queria.
Deus com certeza ri. Não de sarcasmo. Mas pelo costume de ver passar as boiadas. E de olhar pra elas despencando na curva final das planícies. Pra onde, só Deus sabe. E é por isso que ele ri".
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