sábado, 30 de maio de 2009

Vergonha

Sempre gostei de passagens curtas. Isso devo ao Ramones e ao haikai(nada de solos longos e desesperados e palavras que não dizem nada),mas confesso que aconteceram muitas coisas em um espaço curto de tempo que me fazem refletir sobre o que eu realmente quero fazer com esse espaço.

A idéia inicial era bem distinta do que acabou acontecendo. Quando criei esse blog, há mais de um ano, queria apresentar toda a subversidade adormecida que agora é banal, mas que possui um significado muito além do que o exposto nos fatos e acontecimentos.

Os termos em latim, que dão nome a essa página, são empregados por culpa da Igreja primitiva, tão subversiva que acabou sendo aceita no Império Romano que virou parte dele, e continuou mesmo com a queda do Império, como um vestígio de ordem, sinal de estado ganhando força e delegando coroas na Idade Média.

Mesmo com a corrupção que a deteriorou pelos anos,séculos e milênios essa instituição ainda se mantêm subversiva. Considero assim por que a mensagem do Cristo, vai contra um conjunto de valores preexistentes, contra o materialismo, individualismo, e a promiscuidade.

Esses três “valores” são propagados pela nossa mídia, já aculturados, ora artigo de importação mesmo. Mas sempre é a base comum, por que ... As pessoas são assim. Querem ser assim, gostam disso. Disciplinam-se para aceitar isso como seus desejos e vontades, indiferentes.

Sempre tem algum Mané que vai querer descer a lenha na Igreja Católica Apostólica Romana, mas espero que essa gente perceba que estou falando dos valores e da doutrina, conduta, se preferir: da ética cristã.

SUBVERTER. v.t: Revolver; voltar de baixo para cima; destruir; derrubar; arruinar; revolucionar.

AMNÉSIA.s.f: Diminuição ou perda da memória.
(Prefiro usar esse termo como adjetivo, algo como qualidade de desmemoriado)
Acho interessante colocar também:

MEMÓRIA.s.f: faculdade de reter idéias adquiridas anteriormente, reminiscência. S.: narração histórica escrita por testemunhas presenciais, escritos em que alguém descreve a própria vida; autobiografia...

Bom, a idéia original era deixar de lado a parte pessoal, e partir para uma leitura crítica da realidade.Denunciar a realidade, apresentar pessoas que mudaram de fato, propostas... infiltrar novos conceitos e valores, em um mundo que carece tanto de mudança.

Mas como disse Gandhi certa vez: SEJA A MUDANÇA QUE VOCÊ QUER VER NO MUNDO.
E sobre o mundo...

Eu poderia ficar aqui falando horrores da crise financeira mundial.

Podia também falar do descaso ao meio ambiente, que antes era o foco certeiro, com o aquecimento global e tal, e que ficou pra segundo plano, enfim garantir que nossas economias continuem devastando o meio ambiente é prioridade.

Mas esses assuntos já são velhos, quero falar mesmo é da sem vergonhice que assola o planeta.
A Coréia do Norte quer barbarizar. Quer mostrar o que tem e o eu não tem. É míssel pra lá... Míssel pra cá... E seu povo passando fome, é o sonho do comunismo, é um governo ditatorial que está implantando “dinamites” e prestes a apertar o botão.

Mas que pânico é esse?

Há 30 anos, nós tínhamos a Guerra Fria (sempre na expectativa de esquentar ao mínimo movimento) tínhamos governos ditatoriais espalhados na América Latina, tínhamos gente morrendo também das mesmas mazelas que hoje. E tínhamos aqueles que fingiam não ver nada, sempre insignificantes. Afinal...Não sou um embaixador, nem um representante da ONU, nem nada. Mero expectador.

É nós aqui. Trinta anos depois. Com essa democracia adolescente, marota e malandra... Tem gente que atropela carro e que renuncia pra não ser cassado.

Aí você pensa:

Essa cara pensa ainda em se reeleger?

E eu com pesar, nojo, raiva cólera e todas as manifestações possíveis de vergonha... Fico aqui. Quieta no meu cantinho também.

Todos nós somos cúmplices. Fingimos não ver nada.

Msn, Orkut, filmes, seriados, cultura comercial, blogs, música, risadas artificiais... Fingimos não ver nada.

Materialismo, promiscuidade, individualismo tudo isso é parte direta ou indireta do consumismo.

Que não significa toda e qualquer relação de consumo. Mas sim uma tendência de fuga constante. Colocamos tudo na noção de consumo, tem que ser imediato, eficiente, sem dor e descartável. Aqui estão não só produtos, mas pessoas também.

Vive-se um mundo anestésico. E a internet é uma prova disso.

Parece que as pessoas se habituam em suas rotinas, em suas bolhas de vidro, esquecem de perceber a quantas anda esse mundo. Esquecem que estamos beirando o precipício. Nada é certo. Nada.

Deputados, constituições, palavras escritas ou não.

CHEGA DE IMPUNIDADE, DE IGNORÂNCIA DE MANIPULAÇÃO, tá na hora de abrir as porteiras e ensinar pro gado que o lugar dele não é de cabeça baixa pro matadouro, ou como vaquinha desse presépio de horrores.

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