sábado, 27 de março de 2010

Uma grande bola de feno no deserto.

Imagine aquele belo deserto.

Um lugar vazio, e sem vida.

É as coisas andam paradas, mas o sinal de silêncio, o som ininterrupto de coisa alguma esconde milhões de processos em andamento.

Não vou fazer uma apologia a nada. E nem ficar justificando minhas faltas e dores.
Não quero que as coisas fiquem pessoais, por que imagino isto como um imenso deserto.

Estou cansada da palavra réu, justiça, e julgamento.
A cada um basta causas suficientes pra fazer de si um advogado.

Às vezes tento tocar o intocável, é quando eu choro ao sentir minha miséria.
Minhas limitações, rigidez e crueldade são uma tentativa cruenta de ser uma pessoa melhor.

Mas quase sempre estou ensangüentada aqui, segurando alguma parte de mim que se esvai.
Segurando minha esperança de acreditar nas pessoas e no mundo.

É quando pego esses detalhes não sóbrios de meus pedaços, quantas vezes quis acabar com isso.
Mas, não. Se está aqui tem algum motivo, mostrar minha involução/evolução talvez.

Minha insegurança, pouca fé, violência e senso de justiça viciado são tão típicos que até poderiam estar em algum artigo qualquer.

Não acredito ser uma pessoa cinza, mas agora não consigo enxergar minhas cores.

Agradecimentos: a correção automática do word. E aqueles que sabem que eu devo agradecimento.

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